SUPER RESENHA
Este é o primeiro disco do “Pink Floyd sem Roger Waters”, como disse, certa vez, o Humberto Gessinger. Também é um dos primeiros CDs do Pink Floyd que eu comprei, talvez o segundo, depois do Atom Heart Mother, o “disco da vaca”. É curioso que este disco tenha, após mais de 30 anos do seu lançamento, ganhado um status de “disco clássico”. Na época que eu o comprei, em 1992-3, eu fui acusado pelos meus colegas de escola de gostar de “Pink Floyd novo”, acreditam?
O disco mais recente do Pink Floyd até então era o “The Final Cut”, uma espécie de “The Wall” lado B, quase um disco solo do Roger Waters. O tecladista Rick Wright nem participou deste disco, já estando fora do Floyd desde o The Wall. David Gilmour e Nick Mason resolveram então “refundar” a banda, chamando o tecladista de volta e fazendo as gravações no barco do guitarrista, em meio às ligações de advogados sobre o processo que Roger Waters movia contra eles sobre o uso do nome da banda. Certamente, isso teve alguma influência sobre o astral das gravações.
O disco começa com “Signs of life”, faixa instrumental com sons de água, numa referência clara ao estúdio onde foi gravada. Segue com “Learning to fly”, hit instantâneo do disco e primeiro single. Vale lembrar que o Pink Floyd foi uma banda que lançou poucos singles durante a carreira, privilegiando sempre os álbums. Em sequência, “Dogs of war”, que eu não gosto tanto e depois “One slip”, esta bem pop com uma introdução que lembra a de “Time”, só que numa abordagem moderna. O lado A é finalizado com “On the turning away”, uma música mais parecida com o velho e bom Pink Floyd, razão pela qual é uma das minhas preferidas. Ao contrário do lado A, com músicas mais pop, temos um lado B mais sombrio, com praticamente um medley de músicas, exceto por “Sorrow”, a última música, que é uma música muito boa, aparecendo nos discos ao vivo que a banda lançou depois. Eu gosto muito de “Yet another movie” e “Terminal frost” do lado B, além de “Sorrow”, claro.
“A Momentary lapse of reason” é um disco que tem a cara dos discos que as bandas das décadas de 60 e 70 fizeram nos anos 80. Na minha opinião, ele conversa com os discos do Yes do mesmo período (“90125” e “Big generator”) e também com a média dos discos do Genesis da mesma época. É um disco que precisou envelhecer para que eu pudesse olhá-lo por outra perspectiva. A turnê para promovê-lo deu origem ao disco ao vivo “Delicate sound of thunder”, um dos preferidos dos fãs do Pink Floyd. De fato, a banda seguiu adiante sem Roger Waters e se deu muito bem até o seu final, sem dúvida.
SUPER DISCO
Fernando é farmacêutico, professor universitário e músico amador. Apaixonado por música desde que se entende por gente.
Mineiro de BH radicado em Natal/RN há 7 anos.
Para sacar suas aventuras musicais: youtube.com/fhanogueira
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