Quando o Oasis surgiu ou, melhor falando, quando os clipes do Oasis começaram a passar na MTV, eles foram apontados como os novos Beatles. Talvez pelas guitarras ou, quem sabe, pelo sotaque britânico ou ainda pela pegada rock and roll, eles foram celebrados como os novos Fab (nesse caso, Five). Eu, um fã confesso dos Beatles, via essa história de “novos Beatles” com muita ressalva e acho que nem preciso explicar muito: nunca existirá uma banda como os Beatles e ponto final.

“Supersonic” foi a primeira música que eu me lembro de ouvir (e ver o clipe na MTV) do Oasis. Para quem foi adolescente nos anos 90, é comum se lembrar da música e do clipe dela, o que eu acho muito legal. Realmente, a estética deles remetia aos Beatles, a letra fala de Yellow Submarine, tem pandeirola, enfim, tinha muita coisa parecida e, confesso que comecei a gostar deles por causa disso (apesar das ressalvas). Achei o som meio embolado, com eco demais, mas mesmo assim, muito bom. Era a segunda invasão inglesa na música, desta vez, apelidada de Britpop.

O CD abre com “Rock n roll star”, uma música animada sobre estar numa banda de rock. Ótimo começo, seguido por “Shakermaker”, “Live forever” (excelente) e “Up in the Sky”. Das músicas seguintes, destaco “Supersonic” (claro), “Cigarettes & Alcohol” e “Slide away” sendo, esta última, protótipo para várias canções do Oasis que vieram depois. Você irá percebê-la em outras músicas deles, com certeza. O fato é que não tem música ruim neste disco, aquelas que não se tornaram hits seguram a onda numa boa, tornando a experiência de ouvi-lo bastante fluida.

Enfim, é um ótimo disco. A essência da banda já estava nele, que abriu a porteira do Oasis para o mundo e ainda foi sucedido pelo grande “Morning Glory”. Mas aí é assunto para outra resenha, né? Para não esquecer: tem um documentário sobre o início da banda chamado “Oasis: Supersonic” que vale a pena ver e o link do Spotify é de uma versão do disco cheia de extras.