Fuck! O que dizer de Master of Puppets?

Emocionalmente é foda já que foi o meu primeiro contato com a banda, depois de ganhar o disco de presente no meu aniversário de 11 anos – em 1994. Mesmo tendo sido criado em uma casa em que o Rock fazia parte da minha vida desde sempre, por conta de meus pais, Master of Puppets era diferente de tudo que eu estava acostumado desde então, que era basicamente Rock Inglês.

Eu tinha uma mania de pular sempre pra segunda música de todos os discos – na minha cabeça de criança adolescente, a primeira música era sempre a “mais pop” e não era isso que eu buscava – então: BOOM – Master of Puppets na lata! Eu não estava preparado pros primeiros riffs e aquilo explodiu minha cabeça! Já voltei pra primeira música – Battery – e fui ouvindo o disco na sequência.

Tudo fazia sentido: os arranjos com guitarras dobradas, uma voz ainda um pouco adolescente de James Hetfield, os solos acelerados de Kirk Hammet ainda com menos “Wah Wah” do que hoje, uma marcação absurda de bateria que eu não estava acostumado a ouvir. Não vou falar do baixo, já que naquela época as mixagens do Metallica não davam tanta ênfase, apesar de saber hoje do incrível papel de Cliff Burton nas linhas de baixo do Tallica. A capa!!! Era um fuckin’ cemitério, bicho! Com um capacete de soldado, umas mãos de marionetes! MASTER, MASTER!!!

Sensacional! Soma isso tudo dentro da cabeça de uma criança de 11 anos, me deu o impulso necessário pra saber que o Rock me transformaria em “badass” – era descolado falar de Metal na época! E olha que os anos 80 e 90 foram, apesar de toda música pop, um período muito fértil do Rock. Na escola, quem não gostava de Rock não era cool – mas falar que gostava de Metallica te colocava em um patamar de “entendedor” e de “não mexe com elx”.

Master of Puppets não só é um dos discos que mais ouço até hoje, como é o disco que me abriu as portas ao Metal. Tem seu lugar de ouro na minha prateleira!