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8,5

8.5/10

VOODOO LOUNGE

ANO

GÊNERO

SUPER RESENHA

A morte do Charlie Watts, baterista dos Rolling Stones, em Agosto último me fez lembrar deste disco e querer contar um pouco dele para vocês. Até o lançamento de “Voodoo Lounge”, em 1994, o último disco de inéditas dos Stones datava de 1989, o “Steel Wheels” (um ótimo disco, por sinal), outro material inédito foi duas faixas de estúdio (“Higwire” e “Sex Drive”) incluídas no ótimo disco ao vivo “Flashpoint”, de 1991. Quanto aos músicos, Bill Wyman, o baixista original do grupo, havia deixado a banda em Janeiro de 1993 e foi então contratado um novo baixista, Darryl Jones, que havia trabalhado com o Miles Davis e Sting. O hiato de inéditas e o novo baixista contribuíram para criar uma certa expectativa para o lançamento do disco e, para a nossa alegria, o resultado foi ótimo.

O disco abre com três hits em sequência: “Love is strong”, primeiro single do disco e que tem um clipe muito bacana em preto e branco com os Stones “gigantes” passeando por Nova Iorque; “You got me rocking” e “Sparks will fly”. O ritmo fica mais lento na sequência com “The worst”, ótima música estilo country com Keith Richards no vocal principal, “New Faces”, num estilo retrô e “Moon is up”, com destaque para a bateria eletrônica foi usada ao invés da acústica, o que deu uma sonoridade bem diferente à faixa. Eu ainda destacaria “Out of tears”, ótima balada, “I go wild”, um rock no nível das primeiras faixas do disco e “Sweethearts together”, também uma balada, só que com acordeon. As outras músicas do disco são boas, eu as considero num degrau ligeiramente abaixo destas que citei, porém não comprometendo em nada a qualidade do disco. Depois do lançamento do disco, os Stones saíram em turnê mundial. Em 2018, eles lançaram o “Voodoo Lounge Uncut”, gravação do show em CD e DVD, que vale a pena conferir.

Eu tenho uma relação emocional com este disco. Foi o primeiro disco dos Stones que eu esperei sair. Ficava esperando os clipes serem lançados na MTV. Eu estava aprendendo a tocar baixo à época e ficava tocando junto com ele quase que diariamente para praticar. E tem mais, foi para divulgá-lo que os Stones vieram ao Brasil e poder vê-los tocando ao vivo, no Maracanã, em 1995, realmente marcou a minha vida. Há que se destacar o enorme aplauso que o Charlie Watts recebeu quando foi apresentado por Mick Jagger no meio do show, sendo visível que ele ficou emocionado. O disco seguinte dos Stones, “Bridges to Babylon”, já não é tão bom quanto este e, sinceramente, acho que este foi o último trabalho autoral bacana deles.

SUPER DISCO

Sobre o autor

Fernando é farmacêutico, professor universitário e músico amador. Apaixonado por música desde que se entende por gente.

Mineiro de BH radicado em Natal/RN há 7 anos.

Para sacar suas aventuras musicais: youtube.com/fhanogueira

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